A Última Ceia (Leonardo da Vinci)
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A Última Ceia |
Leonardo da Vinci, 1495-1497 |
Mista com predominância da têmpera e óleo sobre duas camadas de preparação de gesso aplicadas sobre reboco |
460 × 880 cm |
Refeitório de Santa Maria delle Grazie |
Histórico
O trabalho se encontra no convento de Santa Maria delle Grazie em Milão que o Duque mandou construir para, entre outras coisas, servir de lugar para sepultar seus familiares. O tema era uma tradição para refeitórios, mas a interpretação de Leonardo deu um maior realismo e profundidade ao lugar.Leonardo da Vinci passou grande parte destes três anos dando atenção integral a esta pintura o que era fato raro para um pintor versátil e do seu quilate.
Sofreu agressões ao longo do tempo desde a abertura de uma porta pelos padres até ao bombardeio aéreo na Segunda Guerra Mundial.
Técnica
Parcialmente pintada na forma tradicional de um afresco com pigmentos misturados com gema de ovo ao reboco úmido incluindo também um veículo de óleo ou verniz. Da Vinci testou uma nova técnica à solução das tintas com predominância da têmpera, não sendo muito feliz.Descrição da Pintura
Quando o Leonardo escolhe essa pintura, que está baseada em João 13:21, no qual Jesus anuncia aos doze apóstolos que alguém, entre eles, o trairia. Essa pintura, na história evangélica, é considerada a mais dramática de todas.Ao centro, o Cristo é representado com os braços abertos, em um gesto de resignação tranquila, formando o eixo central da composição. São representadas as figuras dos discípulos em um ambiente que, do ponto de vista de perspectiva, é exato.
Personagens
Os apóstolos se agrupam em quatro grupos de três, deixando Cristo relativamente isolado ao centro. Da esquerda para a direita (do ponto de vista de quem está diante da pintura), segundo as cabeças, estão no primeiro grupo: Bartolomeu, Tiago Menor e André; no segundo grupo Judas Iscariotes (cabelo branco inclinado contra o suposto João), Simão Pedro e João, este o único imberbe do grupo; Cristo ao centro; Tomé, Tiago Maior e Filipe (este também imberbe) e no quarto grupo estão Mateus (aparentemente com barba rala), Judas Jésus e Simão Cananeu também chamado de Simão, o Zelote, por último. Estas identificações provêm de um manuscrito autógrafo de Leonardo encontrado no século XIX[1]Cogita-se que o rosto de Judas representado na pintura retrataria Girolamo Savonarola, padre Dominicano que governou Florença e que foi executado por ordem do Papa Alexandre VI em 1498..[2][3]
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